O câncer de mama continua sendo o câncer mais frequentemente diagnosticado em todo o mundo, exercendo um profundo impacto na saúde das mulheres e nos sistemas de saúde. No centro de sua patologia e resistência terapêutica estão as células-tronco do câncer de mama (BCSCs), que possuem propriedades únicas, como autorrenovação, diferenciação e resistência às terapias convencionais, contribuindo para a iniciação, metástase e recorrência do tumor. Esta revisão abrangente elucida o papel fundamental da via mecanicista alvo da rapamicina (mTOR) na regulação das BCSCs e suas implicações na progressão do câncer de mama e na resistência ao tratamento. Exploramos os mecanismos celulares pelos quais o mTOR influencia a metástase, o metabolismo, a autofagia e a ferroptose em BCSCs, destacando sua contribuição para a transição epitelial-mesenquimal (EMT), reprogramação metabólica e sobrevivência sob estresse terapêutico. Em um nível molecular, o mTOR interage com as principais vias de sinalização, incluindo PI3K/Akt, Notch, IGF-1R, AMPK e TGF-β, bem como proteínas regulatórias e RNAs não codificantes, orquestrando uma rede complexa que sustenta as propriedades do BCSC e medeia a quimiorresistência e a radiorresistência. A revisão examina ainda várias estratégias terapêuticas direcionadas à via mTOR em BCSCs, abrangendo inibidores seletivos de PI3K/Akt/mTOR, anticorpos monoclonais, produtos naturais e abordagens inovadoras, como a entrega de medicamentos mediada por nanopartículas. Ensaios clínicos que investigam inibidores de mTOR, como sirolimus, e terapias combinadas com agentes como everolímus e trastuzumabe são discutidos, ressaltando seu potencial na erradicação de BCSCs e na melhoria dos resultados dos pacientes. Além disso, compostos naturais e medicamentos reutilizados oferecem terapias adjuvantes promissoras, modulando a atividade do mTOR e visando vulnerabilidades específicas do BCSC. Em conclusão, o direcionamento da via mTOR apresenta um caminho viável e promissor para aumentar a eficácia do tratamento do câncer de mama, eliminando eficazmente as BCSCs, reduzindo a recorrência do tumor e melhorando a sobrevida geral do paciente. A pesquisa contínua e a validação clínica de terapias direcionadas ao mTOR são essenciais para traduzir esses insights em intervenções clínicas eficazes, promovendo o gerenciamento personalizado do câncer e os resultados terapêuticos para pacientes com câncer de mama.
Palavras-chave: Autofagia; câncer de mama; células-tronco cancerosas; quimiorresistência; ensaios clínicos; ferroptose; metástase; PI3K/Akt; terapia direcionada; via mTOR.